Metodologia

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Figura 1 -Angelina Jolie em junho de 2023. Fotografia: Splash News

 

A 5 de abril de 2016, o jornal The National Enquirer publicou uma notícia alarmante sobre a atriz Angelina Jolie.

  De acordo com o ‘The National Enquirer’, Angelina Jolie esteve hospitalizada em estado crítico devido a uma "combinação de cancro, anorexia e paranoia", supostamente em caso de vida ou morte. A notícia afirma ainda que a atriz pesava cerca de 35 quilos, o que originou um largo espectro de preocupação e atenção mundial, como se verifica a partir das interações dos fãs nas redes sociais.

  Em defesa da atriz Angelina Jolie, muitos fãs utilizaram as redes sociais para se manifestarem sobre o assunto. Um grupo de fãs no Facebook, ‘Fãs de Angelina Jolie’, acusou o jornal de praticar um tipo de jornalismo sensacionalista, exagerado e enganoso, isto é, que utiliza como recurso imagens alteradas em programas de Photoshop com o objetivo de ganharem mais visualizações — no caso concreto, mentindo sobre a condição da atriz Angelina Jolie.

 

Galeria de Fotografias

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                             

 

 

                                           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                Figura 2 - Fotografia editada pelo The National Enquirer

                              para mostrar as mazelas que, alegadamente, a anorexia nervosa deixou na atriz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                  Figura 3 e 4 - Publicações e comentários no grupo de fãs de Angelina Jolie no

                                                                 Facebook com mais de 30 mil seguidores

   

    Os rumores do internamento da atriz foram desmentidos em várias plataformas inclusive por vários meios de comunicação.

  Começando por analisar o jornal ‘The National Enquirer’, o primeiro meio de comunicação a lançar o rumor sobre Angelina Jolie, onde no seu historial é costume fazer-se utilizar de imagens alteradas através de Photoshop e de utilização de conteúdos multimédia retirados do contexto, no caso concreto erroneamente esta prática envolveu a atriz norte americana Angelina Jolie. Este tipo de prática não se coaduna com os critérios de noticiabilidade que são regra a cumprir em qualquer meio de comunicação, o seu incumprimento retira credibilidade e valor ao órgão de comunicação em questão.

   Nas inúmeras notícias que abordam a temática, percebe-se a discrepância entre informações face ao acontecimento. Alguns jornais revelaram que a atriz estava internada “entre a vida e a morte” por pesar trinta e cinco quilos, outros afirmavam apenas que Angelina Jolie sofria de um transtorno alimentar, mas que se encontrava, à data, a preparar para a personagem do seu próximo filme. Em nenhuma destas notícias são apresentados dados ou fontes fidedignas que comprovem o diagnóstico que veio a público do estado de saúde da atriz.

  Vários websites relacionados com celebridades e entretenimento, como o ‘Gossip Cop’ e ‘RumorFix’, desmentiram os rumores, afirmando que uma fonte “próxima da família” afirmou estar tudo bem com Angelina Jolie. 

  Os fãs da atriz também consideraram que tais notícias não eram verdade, e alguns deles comprovaram-no afirmando que esta não estaria internada pois a tinham avistado e fotografado em Londres à porta de um teatro em Notting Hill e às compras com a família.

  Outro fator que revelou que o rumor sobre a atriz não era verídico, foi o facto de na altura do seu alegado internamento, a atriz se encontrar em filmagens do filme: ‘First They Killed My Father’. Contudo, a atriz face aos tablóides que sobre si foram publicados nunca se pronunciou.

  Após uma avaliação do carácter verídico da notícia publicada, é possível constatar que a mesma não possui informações verídicas e, por isso, é falaciosa. Para se chegar a uma resposta final como esta, é fundamental existir uma verificação da fonte que publicou a notícia, efetuar uma comparação entre fontes, verificar a informação em si e analisar o respetivo contexto, tudo isto previamente à publicação de uma notícia.

  A partilha e divulgação de notícias que geram desinformação podem não só influenciar a opinião pública, como lesar os envolvidos na mesma. Sendo que no caso, a anorexia deve ser diagnosticada por mais fatores do que o aspeto físico. Por isso, esta é uma acusação, tal como tudo o que não é verídico, que afeta negativamente os envolvidos.

  A equipa classificou esta notícia como SEM PÉS NEM CABEÇA.